O Anjo Azul surgiu no ano de 1994 e foi o primeiro bloco carnavalesco do Centro Histórico a participar do Projeto Folia de Rua. Fundado pela jornalista e produtora cultural Ednamay Cirilo, e tem apoio financeiro de seu pai, Manoel Tiburtino Primo, e assessoria de um grupo de intelectuais, artistas, jornalistas, arquitetos, músicos, que trabalhavam com o resgate do Carnaval paraibano, a partir do movimento Muriçocas do Miramar.

O bloco possui proposta político-social de mostrar o descaso por parte dos governos Municipal e Estadual com nosso patrimônio histórico, enquanto terceira cidade mais antiga do Brasil, através do seu percurso, pelas ruas velhas do centro, sem iluminação, sem decoração, sem segurança, ao tempo que resgata a Orquestra de Frevo e as marchinhas dos antigos carnavais.

Desde 2006, é também uma Associação Cultural e Recreativa Anjo Azul, com sede localizada no Centro Cultural de Terceiro Setor Thomáz Mindello. Em 2007, lançou também seu próprio bloco “As Anjinhas”, sendo esse voltado para o universo feminino e suas inquietações em busca de cidadania, cultura e arte.

Ambos os blocos desempenham um papel importante para a nossa cultura, resgatando o barroco e a cidadania através de ações socioculturais apresentadas durante o ano, como por exemplo, a lavagem da escadaria, que é animada pela bateria da Escola Império do Samba, e com componentes da Associação das Travestis da Paraíba.

O bloco tem como fantasia de Colombina o traje oficial para as mulheres e Pierrot para os homens, criando uma espécie de identidade do bloco, que é a cara do carnaval, abolindo de vez abadás e outros tipos de fantasias e adereços.

O Anjo Azul possui uma ação social voltada para as profissionais do sexo e habitantes de todo o Centro Histórico, buscando dignidade através da arte e da cidadania para elas. O bloco também é considerado o primeiro a levar alegria e diversão ao centro histórico pessoense.