Bloco O BOi do BESSA

Município: João Pessoa – PB
Ano de fundação: 1994
Fundador: Clóvis Júnior e Cassandra Figueiredo.

O Bloco Boi do Bessa surgiu após uma conversa entre Clóvis Júnior, que é artista plástico, e sua esposa Cassandra Figueiredo, que é poetisa. Eles tinham um objetivo de criar um movimento cultural e a partir daí incentivar outras formas de viabilização de criações artísticas, além é claro de unir os moradores do bairro e cair na folia.

Pouco depois Clóvis conversou com o escritor Altemir Garcia para, em parceria com sua esposa, criar o hino oficial do bloco, que teve a ajuda de outros músicos para compor os arranjos. “Não se destrói assim aquilo que Deus lhe deu”, diz o hino do bloco se referindo a preservação dos cajueiros do bairro do Bessa que foram desaparecendo do local devido ao desenvolvimento desordenado de prédios e mansões. Além de fazer alusão aos cajueiros o bloco valoriza a cultura popular através da figura do bumba meu boi.

No primeiro ano o bloco saiu com significativo número de pessoas, porém pequeno se comparado aos dias atuais, que chega a atrair mais de 15 mil foliões. O dia escolhido para o desfile foi o sábado, último dia do Folia de Rua e o primeiro da festa de momo.

Clóvis explicou o porquê do nome Boi do Bessa e qual a origem dos chifres em forma de caju: “O bloco nasceu há 18 anos com o objetivo de resgatar a origem do bairro onde existiam muitos cajueiros e também vacarias, por isso o boi tem chifres de caju”.

O bloco tem como um dos temas a ecologia e o maracatu rural comum no município de Pedras de Fogo, afirmação que Clóvis também destaca “Esse resgate visaria não somente a ecologia, no sentido de conscientizar a população sobre o desmatamento do bairro, mas também a importância da preservação e replantio de plantas nativas como o cajueiro, além de trazer ainda os antigos carnavais para os foliões”.

Cassandra Figueiredo relata que se orgulha de ter iniciado a discussão pela qual gerou a intervenção cultural e consequentemente o despertar da consciência ecológica “Esses imensos cajueiros davam sombra aos bois das vacarias que pastavam a beira mar, o caju servia também como fonte de renda para moradores das proximidades, restando poucos preservados”.

 

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